No dia 11 de março de 2020 a Organização Mundial de Saúde declarou a pandemia do novo Corona Vírus, que teve início em janeiro de 2020 na China. Em pouco tempo, o vírus que possui rápida disseminação, se alastrou para diversos países. O elevado número de pessoas infectadas e a evolução rápida de casos graves, gerou um aumento massivo de internações hospitalares, utilização dos recursos de terapia intensiva e mortes.
No Brasil ainda estamos no início da curva ascendente de proliferação de casos.
No mundo estamos assistindo uma situação sombria, em vários países o vírus já se alastrou mais fortemente. Na Itália por exemplo, um dos locais onde a situação é mais grave, as instituições de saúde são obrigadas a operar bem abaixo do seu padrão normal de atendimento. Os tempos de espera para um leito de terapia intensiva duram horas/dias. Pacientes morrem sozinhos sem cuidados paliativos adequados, enquanto a família é notificada por telefone, muitas vezes por profissionais dedicados porém exaustos e emocionalmente esgotados.
Além da corrida por levantamento de estrutura hospitalar para lidar com o aumento da demanda e evitar o colapso do sistema de saúde, são necessárias ações para amenizar o sofrimento deste grupo de pessoas que está no epicentro da crise. É necessário garantir condições seguras de trabalho e apoio emocional para as equipes assistenciais que, por sua vez, possam prover um atendimento humanizado aos pacientes que estarão em situação de extremo sofrimento, passando por uma internação prolongada, sem interação com seus familiares, vendo pessoas ao seu redor em pior situação e com medo de não ter acesso aos recursos necessários.
Objetivos do Projeto:
O objetivo deste projeto é ajudar as organizações de saúde a enfrentar a crise do novo Corona Vírus, em termos de minimizar o sofrimento de pacientes, familiares e profissionais de saúde, ao longo de sua jornada, em um cenário de recursos mínimos e medo de contaminação.
Como estratégia, a Patient Centricity criou uma plataforma de compartilhamento das melhores práticas que estão sendo adotadas pelo mundo, auxiliando o maior número de instituições possíveis a se prepararem para tornar mais digna a jornada desses pacientes, tanto de COVID-19, como de outras enfermidades, assim como dos profissionais de saúde.
O framework desta plataforma contempla as fases da jornada do paciente, desde o diagnóstico, até o eventual óbito, identificando os principais pontos de dor e levantando mundialmente quais são as melhores práticas adotadas pelas instituições de saúde para melhorar suas experiências durante este momento de sofrimento.
A ideia é trocar informações com organizações de saúde do Brasil e do mundo, para que possam compartilhar materiais orientativos referentes às rotinas adaptadas ao cenário do novo Corona Vírus e que visem colocar as pessoas no centro (colaborador, paciente e familiares).
Estão contribuindo diversos países como Espanha, França, Suécia, Austrália, Israel e EUA.
Método de Trabalho:
Fase 1 – Mapeamento da Jornada e levantamento das principais práticas compartilhadas publicamente
Devido à urgência da situação, foi mapeada rapidamente a jornada do paciente, da família do profissional de saúde e seus pontos de dor, compartilhando as boas práticas relacionadas às rotinas adaptadas ao novo cenário, incluindo os materiais publicamente disponibilizados como protocolos, fluxos, notícias, cartilhas, orientações do governo, depoimentos de pacientes, protocolos, informativos, ações de encorajamento, de suporte emocional, de comunicação, rotinas de segurança etc.
Este mapa servirá para reunir e compartilhar boas práticas relacionadas às rotinas adaptadas ao novo cenário.
O Mapa da Experiência é um organismo vivo, que será aperfeiçoado continuamente ao longo das etapas do projeto. A partir desta primeira versão, continuaremos recebendo feedbacks e novas informações que poderão tornar a ferramenta cada vez mais fidedigna à realidade.
Fase 2 – Cooperação entre stakeholders da Saúde no Brasil e no Mundo
O objetivo é envolver organizações de saúde e especialistas do Brasil e do Mundo, que desejem compartilhar suas rotinas assistenciais orientadas a colocar as pessoas no centro (colaborador, paciente e familiares) e adaptadas ao novo cenário. Estas práticas passarão a ser identificadas no Mapa da Experiência e detalhadas através de materiais orientativos que serão disponibilizados aos interessados.
Fase 3 – Manter o processo contínuo de feedback, atualizações e compartilhamento
Fase 4 – Aperfeiçoar as ferramentas e tecnologias
Para o início deste projeto fizemos um hotsite simplificado disponibilizando a jornada e os materiais de boas práticas aos interessados.
Com o avanço do projeto, poderemos criar uma página mais flexível e interativa com outras formas de contribuição da “comunidade”.
Para acessar o mapa clique aqui: https://patientcc.com/experiencia-covid/